Festival Paralímpico em Cuiabá promove inclusão e revela talentos

Era cedo, mas a energia já transbordava no Complexo Poliesportivo Dom Aquino. Na quadra, tênis de mesa. No tatame, judô. Do outro lado, um grupo de crianças testava o arco e flecha com olhos brilhantes e corações pulsando forte. Em meio a elas, Benjamin, de 8 anos, com paralisia cerebral, ria alto após marcar um ponto no badminton adaptado. Ao redor, mães e pais assistiam com os olhos marejados. Aquela manhã de sábado não era apenas um evento — era um respiro de pertencimento, um grito de liberdade. Pela primeira vez, muitos daqueles pequenos puderam se ver como atletas, em igualdade, como tantos que brilham nas Paralimpíadas pelo Brasil — uma das maiores potências do mundo nesses jogos.
Cuiabá se integrou novamente à corrente nacional de inclusão por meio do Festival Paralímpico Loterias Caixa, organizado pela Prefeitura com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro e da Secretaria Municipal de Assistência Social. A proposta é simples, mas poderosa: proporcionar vivências esportivas a crianças e adolescentes com deficiência, em um ambiente acessível, seguro e cheio de possibilidades.
“O festival é um momento de revelar talentos e oportunizar uma inclusão verdadeira para todos”, afirmou o secretário-adjunto de Inclusão, Andrico Xavier, entusiasmado com o projeto na capital. Segundo ele, esta é apenas a primeira etapa — a próxima já está prevista para setembro.
Entre modalidades como atletismo, vôlei sentado, tênis de mesa, judô, jiu-jitsu e caratê adaptado, os participantes puderam experimentar, brincar, errar e tentar de novo. “Queremos que essas crianças e jovens com deficiência saiam de casa, se sintam vistas e possam, quem sabe, representar nossa cidade no futuro. O Brasil é uma referência paralímpica e nós temos que construir essa base”, pontuou o secretário de Esportes, Jefferson Neves.
A presença da secretária de Assistência Social, Hélida Vilela, também reforçou o elo institucional entre inclusão, direitos e políticas públicas. “Essa articulação entre pastas mostra que a inclusão é prioridade real, não discurso”, afirmou.
Para a mãe do pequeno Benjamin, Caroline Araújo, o evento é uma porta de entrada essencial. “Quem é mãe de uma criança atípica sabe o quanto é difícil encontrar espaços reais de inclusão. Aqui, nossos filhos não são apenas acolhidos, mas vistos como protagonistas. Eles podem sonhar em ser atletas. Eles podem tudo, desde que lhes deem a chance.”
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